As aranhas são uns seres magníficos. Tenho aprendido a gostar delas e a apreciar as suas teias. Aos poucos e poucos começo a achá-las úteis e até já consigo olhar para elas sem me arrepiar.
A aranha do meu destino
A aranha do meu destino
Faz teias de eu não pensar.
Não soube o que era em menino,
Sou adulto sem o achar.
É que a teia, de espalhada
Apanhou-me o querer ir. . .
Sou uma vida baloiçada
Na consciência de existir
A aranha da minha sorte
Faz teia de muro a muro. . .
Sou presa do meu suporte
Fernando Pessoa
Comentários
Enviar um comentário