Adoro a suas brincadeiras. As suas canções. A sua cumplicidade. Os seus risos deixam-me a alma cheia...
Das crianças
Depois, uma mulher que trazia uma criança ao colo disse:Fala-nos das Crianças.
Os vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da nostalgia da vida que anseia por si mesma.
Eles vêm por meio de vós mas não de vós, e, embora estejam convosco não vos pertencem.
Podeis dar-lhes o vosso amor, mas não as vossas ideias, pois eles têm
as suas próprias ideias.
Podeis abrigar os seus corpos mas não as suas almas,
pois as suas almas vivem na casa do amanhã, que vós não podereis visitar,
nem em sonhos.
Podereis tentar ser como eles, mas não tenteis torná-los como vós.
Pois a vida não anda para trás nem se detém no ontem.
Vós sois os arcos de onde os vossos filhos, quais flechas vivas, serão
lançados.
O arqueiro vê o sinal no caminho do infinito e ele com o seu poder faz com
que as suas flechas partam rápidas e cheguem longe.
Que a vossa inflexão na mão do arqueiro se destine à alegria;
Pois assim como ele ama a flecha que voa, também ama o arco que se mantém estável.
Khalil Gibran, o Profeta
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